O século XX foi marcado por acontecimentos envolvendo dois povos semitas remanescentes: os árabes e os hebreus. Com o fim da Primeira Guerra e o desmoronamento do Império Otomano, as regiões da Síria e do Líbano ficaram sob o domínio da França. As outras áreas, inclusive a Palestina, passaram para as mãos da Grã-Bretanha. O colonialismo da França e da Grã-Bretanha provocou fortes reações entre os árabes. Foi nesse contexto que surgiu no Egito a Irmandade Muçulmana, berço do fundamentalismo islâmico e das ideias do Hamas em especial, de terroristas como Arafat e da Al Qaeda.
A Síria só ganhou de fato seu reconhecimento em 17 de abril de 1946. O Líbano, em 22 de novembro de 1943. À Inglaterra coube a Palestina (incluídos os territórios da atual Jordânia e de Israel), a Mesopotâmia (Iraque de hoje) e a Península Arábica, que é composta por Arábia Saudita, Catar, Kuwait, Bahrein, Emirados Árabes Unidos, Omã e Iêmen. França e Grã-Bretanha liberaram suas colônias, mas continuam a manobrar suas políticas externas. Seus governantes, a maioria reis, obtiveram assim áreas extremamente ricas em [[petróleo]] e ganharam meios econômicos para se desenvolver. No mesmo período, em [[1948]], começa a fase de criação do estado de [[Israel]] em território Palestino. Começa então a divergência entre árabes e judeus.
Desde então, aquela região é abalada por diversas guerras e se mantém num estado de permanente conflito. Atualmente, as principais regiões de cultura árabe compreendem desde o Saara, África Saariana até o Oriente Médio e regiões isoladas no Irã. Além do estado de Israel, ainda existem muitas colônias judaicas, sendo as mais importantes nos Estados Unidos, na Rússia e nos demais países da Europa Oriental, no Reino Unido, na França e na Itália. Outras vertentes semitas são as dos amáricos e Oromas ou oromos localizados na Etiópia e na Eritreia, e os arameis e assírios no Líbano e norte do Iraque.
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foto: Haaretz |
A palavra "semítico" deriva de Sem, versão grega do nome hebraico Shem, um dos três filhos de Noé nas escrituras judaicas (Génesis 5:32); a forma nominativa que se refere a uma pessoa é semita. O adjectivo anti-semítico ou anti-semita é quase sempre usada como sinonimo de "antijudeu". O que vemos na Europa hoje, já aconteceu com Hitler e sua aliança com o Mufti Husseini antes do holocausto. São os lideres extremistas, sunitas ou xiitas, que se unem com todo aquele que tenha os mesmos interesses de expansão, conquista territorial, contra a cultura ocidental. A diferença que hoje, os "coitados" são os palestinos, sírios, irakis, kurdos, e outros que sofrem pela mão de seus próprios lideres e regimes ditatoriais ou extremistas.
Fica claro que apesar da mesma raíz semítica, o extremismo religioso e as divisões entre os povos causam um fenômeno do século 21: o anti-colonialismo globalizado. Ou seja, através da Revolução Islâmica, os árabes se vingam do domínio sofrido por suas tribos, invadindo a Europa e lentamente avançado para outras regiões onde exista pobreza e regimes democráticos. Uma frente contra o avanço do terror islâmico, precisa ser dentro do próprio povo árabe, e os palestinos que vivem em Israel e nos territórios, por incrível que pareça, junto com os libaneses e sírios, são dos mais moderados.
Sera difícil para o judaísmo, e para o movimento sionista conciliar entre as ideias tão diversas que co-existem dentro de um povo já reduzido. A extrema direita religiosa judaica se apropria dos valores judaicos, nacionais e religiosos e mantém seu povo refém de uma ilusão que é possível derrotar um inimigo invisível que vive dentro dele mesmo. A esquerda, o kibutz, responsável por parte das fronteiras e do sucesso da sociedade israeli, por seu diferencial, perdeu sua força diante da globalização. As ideias políticas e as alianças regionais, já não falam mais para as pessoas: o que temos hoje são os pobres e os ricos, material e espiritualmente falando. De ambos os lados, um bando de idiotas...